São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996 |
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Águas acumulam esgoto e lixo
MARISTELA DO VALLE
A informação é do administrador da Pampulha, Wagner Caetano. "São depositados no fundo da água 400 mil m3 de sedimentos por ano. Isso equivale a 150 caminhões de terra por dia." A lagoa também recebe grande quantidade de esgoto domiciliar e industrial, provenientes principalmente do córrego de Sarandi, que passa pelo município de Contagem. "Em 1993, apenas 25% da população de Contagem contava com rede de esgoto", diz Caetano. Desperdício Ele considera um desperdício de dinheiro público fazer só obras de desassoreamento, que consistem em retirar com dragas toda a terra e lixo acumulados. "Após alguns meses, Pampulha estaria entupida novamente." Embora considere o desassoreamento um paliativo, a prefeitura começou a dragar a lagoa em setembro. Caetano considera a obra, estimada em R$ 2 milhões, o primeiro passo do grande projeto de despoluição. "Estamos começando a tocá-lo com recursos da prefeitura e de convênios." Também foi iniciada coleta de lixo domiciliar em bairros pobres e a construção de uma usina de reciclagem de material da construção civil. "Na atual administração, a prefeitura já gastou cerca de R$ 13 milhões com a lagoa." O plano de despoluição inclui pavimentação de vias para evitar erosão, canalização de córregos da bacia e um novo código de obras que impeça os construtores de jogar entulho na lagoa. "Pampulha é a segunda região com maior bota-fora clandestino." Outra obra já iniciada em favor da lagoa faz parte do Programa de Saneamento da Bacia do Onça e do Arrudas (Prosam), que envolve as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem e o governo estadual, com investimentos do Banco Mundial. (MV) Texto Anterior: Limpeza da lagoa custa R$ 100 milhões Próximo Texto: Futebol mineiro está no lugar de sempre Índice |
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