São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996
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Vídeo ajuda a fazer reconhecimento

DA REPORTAGEM LOCAL

Ontem à noite, o IML (Instituto Médico Legal) começou a exibir aos familiares das vítimas do acidente um vídeo feito na sede do instituto com imagens dos corpos que poderiam ser reconhecidos visualmente.
O vídeo estava sendo exibido em um salão do Golden Flat, em frente ao aeroporto, para onde foram encaminhados os familiares que aguardavam a identificação.
Segundo Luiz Augusto Carvalho, da Defesa Civil, apenas 13 pessoas vão poder ser reconhecidas por meio do vídeo.
A TAM colocou uma frota de vans à disposição das famílias das vítimas que estiveram no IML.
A empresa montou no flat uma espécie de central de atendimento a parentes dos mortos no acidente, com recepcionistas e psicólogos.
Segundo a assessoria da presidência da TAM, o objetivo do vídeo era poupar as famílias da necessidade de fazer o reconhecimento no IML. Segundo a assessoria, a TAM não teve acesso à sala nem ao conteúdo do vídeo.
As famílias assistiam ao vídeo em grupos de 34 pessoas -no máximo dois familiares por vítima.
As pessoas recebiam uma senha para ter acesso à sala.
Muitas pessoas vindas de outros Estados iriam passar a noite de ontem no flat.
Concentração
A porta do IML central se transformou em ponto de concentração das famílias das vítimas do acidente com o Fokker-100, preocupadas em reconhecer os parentes.
O motorista Rubens Pereira de Oliveira, 48, foi um dos primeiros a chegar ao IML. Ele era morador de uma das casas mais atingidas pelo acidente.
"Na hora do acidente, havia seis pessoas dentro de casa. Cinco já foram localizadas, conseguiram escapar pelos fundos. Só não localizamos ainda meu cunhado", afirmou, desesperado.
No momento do acidente, segundo ele, estavam na casa duas tias, o sogro, uma sobrinha, e dois cunhados. Oliveira acabou saindo sem conseguir saber se o cunhado, o professor Marco Antonio de Oliveira, 36, estava ou não entre os mortos no acidente.

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