São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996 |
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FHC já faz convites para o ministério Jarbas Vasconcelos é sondado pelo Planalto SÔNIA MOSSRI
O prefeito de Recife, Jarbas Vasconcelos (PMDB), já foi convidado informalmente pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para integrar o novo ministério. A reforma deve, pelas negociações que o governo vem mantendo, desalojar sete ministros: Bresser Pereira (Administração), Israel Vargas (Ciência e Tecnologia), Nelson Jobim (Justiça), Gustavo Krause (Meio Ambiente), Reinhold Stephanes (Previdência), Adib Jatene (Saúde) e Alcides Saldanha (Transportes). O objetivo da mudança é acomodar a base governista após a sucessão no Congresso Nacional. Essa eleição influenciará a escolha dos novos ministros. Condutor Os rumos da reforma serão definidos, em grande parte, pela decisão que venha a tomar o atual presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Caso ele resolva ir para o Executivo, antes de se candidatar ao governo da Bahia nas eleições de 1998, o presidente dará ao deputado Luís Eduardo a oportunidade de escolher qualquer ministério disponível. A sua ida para o governo federal, porém, pode implicar a saída de Raimundo Brito do Ministério das Minas e Energia -uma indicação direta do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). O Palácio do Planalto chegou a examinar a possibilidade de recriar o extinto Ministério do Interior especialmente para entregá-lo a Luís Eduardo. Com isso, o Ministério do Meio Ambiente e a Secretaria Especial de Políticas Regionais seriam fundidos num só órgão. Mas ele não gostou da idéia -estaria à frente de uma pasta sem dinheiro para gastar. O Ministério da Justiça permanece como opção. Os líderes na Câmara do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), e do PMDB, Michel Temer (SP), concorrem à presidência da Câmara. Quem perder a disputa receberá como prêmio o convite para comandar um ministério. Temer poderia comandar os Transportes ou a Justiça. Inocêncio afirmou que não aceitará um ministério. Ele disse preferir continuar na liderança do partido se o PMDB ganhar a eleição. Serra No Palácio do Planalto, o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), e o ex-ministro do Planejamento e candidato tucano derrotado nas eleições à Prefeitura de São Paulo, senador José Serra (PSDB-SP), são apontados como nomes que Fernando Henrique poderia ter no governo em 97. Cesar Maia poderia substituir Bresser Pereira no Ministério da Administração e José Serra poderia ir para o lugar do atual ministro da Saúde, Adib Jatene. O ex-ministro, porém, não reage com simpatia a essa proposta. Comunidade Solidária FHC deve aproveitar a reforma ministerial para trocar o comando da Secretaria Executiva do Conselho do Programa Comunidade Solidária, Anna Maria Peliano. Há queixas quanto à falta de entrosamento do Comunidade Solidária com a equipe dos ministros Antonio Kandir (Planejamento) e Paulo Renato Souza (Educação). A presidente do conselho do programa, Ruth Cardoso, já deu o sinal verde para a mudança. O ex-presidente da FAE (Fundação de Assistência ao Estudante) José Luiz Portella Pereira, atual secretário-executivo do Ministério dos Transportes, é cotado para suceder Peliano. Texto Anterior: Reeleição pode atrasar reforma Próximo Texto: Calmon de Sá diz que ajuda BC a recuperar créditos do Econômico Índice |
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