São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996
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Chega a 63 o número de corpos reconhecidos

DA REPORTAGEM LOCAL

O IML (Instituto Médico Legal) divulgou às 10h de ontem o nome de mais 12 corpos liberados.
Ao todo, 63 vítimas de um total de 102 já haviam sido reconhecidas até as 11h de ontem.
A TAM está providenciando o traslado dos corpos e das famílias para o local do enterro.
O corpo do piloto José Antonio Moreno foi liberado por volta das 7h e seguiu para Mogi Mirim (157 quilômetros ao norte de São Paulo), onde será sepultado.
As famílias das vítimas que estão no IML não querem falar à imprensa e a polícia evita que os repórteres entrem no local.
As vítimas que tiveram os corpos identificados foram: David Francis Tobolla, 40, diretor financeiro da área de pessoas físicas do Citibank; Cezar Augusto Mendonça França; Leandro Escobar Calfa, 24, engenheiro mecânico; Ricardo A. Maciel; Tadao Funada, 64, pintor e pedreiro que estava em terra e foi incendiado pelo querosene que caiu em seu corpo; Gustavo de Almeida Maffei Serrano, 24, funcionário da empresa Prolan; Mariceli Pires Carneiro, comissária de bordo; Carlos Mário Fornier; Francisco José Rodrigues; Carbio da Silva Almeida Júnior; José Pereira Duarte; Ivo Roberto Gutjahl.
Garimpagem
Os peritos estão agora na fase que eles chamam de garimpagem, quando procuram minúsculos sinais nos corpos, observam e comparam radiografias de arcadas dentárias e outras partes do corpo e até mesmo recorrer às impressões digitais.
Na sexta-feira, foram liberados 50 corpos -os que puderam ser identificados visualmente, por objetos pessoais encontrados pelas equipes de salvamento no local da queda do avião ou por sinais característicos.
Ontem, outros corpos foram identificados pelos parentes que estiveram no IML com o auxílio da ficha de identificação preenchida por eles -em que são descritos dados pessoais, como cor dos olhos, altura, idade, cabelo, e outros itens.
Na sexta-feira, a equipe de legistas não tinha um prazo para o término dos trabalhos de reconhecimento das vítimas, que deve se estender por esta semana.
O chefe do setor de identificação do IML, Daniel Romero Muñoz, 50, não descartou a hipótese de usar exame de DNA (molécula que contém a informação genética da pessoa) para identificação.

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