São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996 |
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Agência americana analisa caixa-preta
CLÁUDIA TREVISAN
A equipe de dois majores da Aeronáutica, dois pilotos da TAM e um funcionário da Fokker passou o dia de ontem em Washington, na sede do NTSB (National Transportation Safety Board), a agência que possui alguns dos laboratórios mais sofisticados do mundo para elucidação de acidentes aéreos. O NTSB também tem uma equipe de investigadores experimentados, que frequentemente é chamada para auxiliar em casos ocorridos fora dos EUA. A equipe brasileira, chefiada pelo major Carlos Conceição, levou para Washington as duas caixas-pretas do avião da TAM: a que contém o registro de tudo o que foi falado na cabine (voice records) e a que contém os dados sobre as condições do vôo (flight data records). Os dois aparelhos estão sendo examinados nos laboratórios do NTSB. O resultado permitirá saber o que foi dito na cabine antes da queda e qual foi o movimento realizado pelo avião. A decodificação do flight data records dará informações como altitude do avião, velocidade, direção e velocidade da queda. Vídeo O NTSB possui um software que permite a reconstituição do acidente em computação gráfica. O programa reproduz os movimentos realizados pelo avião e sincroniza o flight data records com o que estava sendo dito na cabine. A assessoria do NTSB não soube informar se esse recurso seria usado no caso do Fokker-100. Segundo a assessoria, o vídeo permite uma perfeita visualização de como foi o acidente, mas não é essencial para o seu esclarecimento. O NTSB recebe uma média de 50 pedidos anuais para auxiliar em investigações de acidentes ocorridos fora dos Estados Unidos. Recentemente, o órgão atuou nas investigações das quedas de dois Boeing-757: uma em Cali, na Colômbia (em 95), e outra na República Dominicana (fevereiro). Texto Anterior: Casas começam a ser consertadas Próximo Texto: Líderes estudantis divergem sobre provão Índice |
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