São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Não há opção de transferência

DA SUCURSAL DO RIO

O problema da superlotação da maternidade do Huap (Hospital Universitário Antônio Pedro) deve continuar. Não há no interior do Estado uma outra unidade que possa absorver parte da clientela do hospital.
A necessidade da transferência é reconhecida pelo coordenador de Fiscalização Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado do Rio, Mauro Modesto de Brito, que ontem vistoriou o hospital.
Situado a 6 km do Huap, o hospital geral Azevedo Lima está semidesativado desde o início da década de 80.Única UTI para recém-nascidos em uma área do interior onde moram cerca de 3 milhões de pessoas, a do Huap é equipada com seis leitos. Ontem, havia dez bebês precisando da UTI.
O diretor médico do Huap, Marco Antônio Gomes de Andrade, disse que não tem para onde transferir os pacientes. A direção do Azevedo Lima informou que não pode receber os recém-nascidos.
Amanda Campos Isidro, 29 dias, fez anteontem pela terceira vez um exame doloroso: retirou liquor (líquido da medula espinhal) para saber se continua com a infecção. O resultado deu positivo.
Priscila de Oliveira Pimentel, 17, está no hospital acompanhando seu filho, Pedro Otávio, 21 dias. O bebê está no berçário temporário, mas Priscila ainda não sabe o que aconteceu com o filho.

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