São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Curso "fraco" exige estudo

DA REPORTAGEM LOCAL

Se você vai prestar um curso pouco concorrido de uma das carreiras da Fuvest com muitas opções -como letras e engenharia e ciências exatas- e acha que não precisa estudar muito, está enganado.
Em letras, por exemplo, mesmo que você preste grego matutino (relação candidato/vaga na Fuvest-97 de 0,93) poderá estar concorrendo com quem tenta inglês matutino (20,25).
É o seguinte: os candidatos são selecionados por ordem de pontuação. Assim, por exemplo, se um candidato não consegue entrar em inglês (primeira opção), pode conseguir uma vaga em grego (segunda opção) se tiver pontuação suficiente. E, talvez, tirar a sua vaga.
Foi o caso de Elaine Mendes, 19. Ela entrou em letras na segunda opção (italiano). "Minha primeira opção era inglês, não consegui. Como estudei muito, garanti vaga em italiano."
A regra serve para todas as carreiras da Fuvest com mais de uma opção.
Segundo o vice-diretor da Fuvest, José Atílio Vanin, nos cursos mais concorridos de engenharia (mecatrônica e produção), os candidatos entram em primeira opção. "Eles estudam mais."
Nos outros cursos da carreira, de 30% a 80% dos selecionados conseguem a vaga em segunda e terceira opção.
"Nesse caso, os candidatos devem estudar como se estivessem prestando mecatrônica ou podem perder a vaga para alguém que colocou como segunda ou terceira opção o curso que escolheram."
Assim, colocar um curso mais "fraco" em primeira opção não favorece em nada o candidato. O que importa é a pontuação final.

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