São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Diretor quis mostrar dois tipos de amor

LUCIA MARTINS
DE LONDRES

"The English Patient" são dois filmes. Isso porque as 2 horas e 39 minutos são bem divididas entre as idas e vindas de "flashbacks".
As duas histórias -uma no tempo real e a outra na memória do "paciente inglês"- são quase independentes e, de algum modo, complementares.
Hana tenta manter vivo o seu paciente em um mosteiro na Itália no fim da guerra. Essa primeira história fala de amizade (entre os dois) e saudade (das pessoas que ambos perderam na guerra).
"Li o livro e fiquei pensando em como seria ser uma enfermeira. Uma mulher sem esperança cujo único objetivo é cuidar de um homem mutilado. Foi difícil", disse Binoche.
Opostos
Hana é uma mulher inocente, caridosa e simples -diferente dos personagens mais conhecidos de Binoche em "Perdas e Danos" e em "A Insustentável Leveza do Ser", por exemplo.
Kristin Scott Thomas faz Catherine, uma espécie de contraponto de Hana. Uma mulher corajosa, atraente, sofisticada, que trai o marido com um colega de expedição.
"Acho que deveria haver palavras diferentes para algumas sensações. Amor, por exemplo, poderia ter vários nomes. Quis mostrar no filme dois tipos bem distintos do que pode ser chamado de amor", disse o diretor Anthony Minghella.
(LM)

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