São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Zachmann arma muralha de fotos

Fotógrafo expõe 98 imagens da China atual

CASSIANO ELEK MACHADO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em junho de 1989, quando explodiu o conflito entre os estudantes e os militares chineses, que culminou com o chamado massacre da praça da Paz Celestial, o fotógrafo francês Patrick Zachmann estava lá.
Essas imagens que o sócio da agência Magnum realizou em Pequim estão no centro da "muralha" de fotografias que a Aliança Francesa expõe a partir de hoje.
As 98 fotografias, 58 em preto-e-branco e 40 coloridas, realizadas por Zachmann mostram dois pontos de vista antagônicos da China contemporânea.
As imagens coloridas, expostas em pequenas dimensões, retratam a visão que o fotógrafo acredita que os chineses, ou seja, os dirigentes chineses, querem que o mundo tenha do país.
A realidade que o fotógrafo encontrou na investigação do submundo chinês aparece na exposição em grandes painéis em preto-e-branco.
Nas fotografias da praça da Paz Celestial, Zachmann ilumina a interseção, o que há de comum, entre os dois cenários que presenciou.
Realidade e fachada ficam expostas nas imagens do conflito que, ainda que contra a vontade do governo chinês, correram o planeta.
A contraposição desses dois universos aponta para uma das diretrizes da pesquisa do fotógrafo: a diáspora dos chineses, que na exposição aparecem retratados em lugares como Taiwan, Paris e Tailândia.

Exposição: "W. ou L'oeil d'un long-nez" - Patrick Zachamann
Quando: hoje, às 20h30. Seg a qui, das 9h às 20h. Sex, das 9h às 18h. Sáb, das 9h às 12h
Onde: Galeria Alliance Française (av. Santo Amaro, 3.921, tel. 240-3478)

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