São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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Cientistas definem nova data para o início da vida na Terra

DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de pesquisadores norte-americanos e australianos disse ter encontrado evidências de que a vida na Terra começou há pelo menos 3,8 bilhões de anos, 300 milhões de anos mais cedo do que se imaginava.
O planeta se formou há 4,5 bilhões de anos. Acredita-se que, por volta de 3,8 bilhões de anos, a Terra era bombardeada por meteoritos gigantes, o que impedia o desenvolvimento da vida.
Se os dados da pesquisa de S. J. Mojzsis, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) e equipe estão corretos, o desenvolvimento da vida teria ocorrido de maneira extremamente rápida ou, então, os indícios de vida encontrados seriam de seres extintos pelos meteoritos, depois do que teria recomeçado o processo evolutivo.
No estudo publicado na edição de hoje da revista "Nature", Mojzsis teve a colaboração de cientistas das universidades da Califórnia em Los Angeles (EUA), Nacional da Austrália e Oxford Brookes (Reino Unido).
Foram estudados restos de carbono encontrados nas rochas mais antigas do planeta, na Groenlândia (ilha próxima ao pólo Norte).
O objeto da pesquisa não eram fósseis (restos endurecidos de organismos ou suas "impressões" em minerais), mas grãos de carbono que medem um décimo do diâmetro de um fio de cabelo.
Os cientistas mediram a quantidade de duas formas de carbono (carbono 12 e carbono 13) presente nesses grãos. Encontraram mais carbono 12, sinal de restos de atividade de um ser vivo.

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