São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996 |
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"Não pedimos nada", diz Andef
BRUNO BLECHER
Para Simon, o aumento das vendas, desde 92, vem ocorrendo como reflexo do crescimento da área plantada, do emprego de mais tecnologia e também pela maior incidência de pragas nas lavouras. A reclassificação, segundo ele, seguiu critérios da Organização Mundial de Saúde e procurou harmonizar as normas brasileiras às da Comunidade Européia (CE) e dos EUA. A seguir, trechos da entrevista de Cristiano Simon à Folha. * Folha - Existe relação entre a reclassificação dos agrotóxicos e o aumento expressivo das vendas desses produtos? Cristiano Walter Simon - Não, absolutamente. Não existe qualquer relação. As vendas cresceram por causa do aumento de pragas nas lavouras, do emprego de mais tecnologia pelo produtor e também do crescimento da área plantada e da produção agrícola. Folha - Mas a reclassificação não facilitou as vendas? Simon - A reclassificação foi feita em consonância com os critérios da Organização Mundial de Saúde para harmonizar nossas normas com as de outros países, como os da Comunidade Européia e Estados Unidos. É uma exigência da globalização da economia. Folha - Mas alguns países têm normas mais rigorosas que as da OMS? Simon - Pode ser que sim, pode ser que não. Folha - Quantos produtos foram reclassificados? Simon - Poucos, não tenho o número exato. Foi o Ministério da Saúde quem fez a reclassificação, não fomos nós, não pedimos nada. Folha - Informações do Ministério da Saúde indicam que está havendo aumento do número de intoxicações por agrotóxicos? Simon - Não é essa a informação que eu tenho. Um trabalho realizado pela Universidade Estadual de Campinas, em convênio com a Andef, indica que cresceu o número de casos de intoxicação com produtos de uso doméstico, os acidentes com crianças e os suicídios. Texto Anterior: Mudanças nas faixas confundem Próximo Texto: Origem são as armas químicas Índice |
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