São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996 |
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Sindicalistas vão defender a 158 Para eles, é preciso dificultar as demissões MARCOS CÉZARI
Para eles, o governo precisa aumentar -e não reduzir- as multas nos casos de demissão sem justa causa. "A nós interessa o emprego ao dinheiro; não adianta o dinheiro das demissões voluntárias", reagiu Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, disse que o governo "cometerá um grave erro se cancelar sua adesão à convenção". Luiz Antônio de Medeiros, presidente da Força Sindical, diz que vai defender a convenção. "Não trocamos a 158 por nada." Medeiros disse que ficou "chocado" quando soube da intenção do governo. "Isso é um retrocesso, uma selvageria com os trabalhadores." Vicentinho disse que o governo "está querendo dar um passa-moleque no Supremo Tribunal Federal", que vai julgar uma ação direta de inconstitucionalidade contra a convenção. Para ele, o STF vai dizer que a convenção é legal. Medeiros afirmou que a proposta de cancelar a adesão é uma sabotagem ao governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. "É uma conspiração contra a República. É preciso estancar as demissões." A proposta de modificar o cálculo da indenização dos demitidos também foi criticada pelos sindicalistas. Para Medeiros, a nova proposta não passa no Congresso. Paulinho diz que o que dá estabilidade é o mercado e o crescimento econômico no país. Texto Anterior: Cálculo da indenização Próximo Texto: 36 empresas fecham acordo em São Paulo Índice |
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