São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
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Executivo da CSN descarta demitir e sai

DA SUCURSAL DO RIO

O Conselho de Administração da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) decidiu aceitar o pedido de demissão do presidente da área de siderurgia, Sylvio Coutinho.
Para o lugar de Coutinho, foi indicado, interinamente, o diretor-superintendente de energia e infra-estrutura, Ari Vair. A empresa espera indicar o novo responsável pela usina de Volta Redonda em 15 dias.
A saída de Coutinho foi atribuída a pressões que vinha sofrendo para implementar um programa de demissões. O porta-voz da CSN, Francisco Padilha, negou que haja um plano de demissões, mas admitiu que algumas dispensas podem ocorrer.
Ele informou que existe um programa de reestruturação, visando maior competitividade e que isso pode exigir ajuste de pessoal.
"Nós tínhamos respeito pelo Coutinho, mas, ultimamente, a gente sentia que ele estava sofrendo muitas pressões por parte do sindicato, da diretoria da empresa e da sociedade", disse.
Coutinho, o presidente que liderou o processo de privatização da empresa, tinha bom relacionamento com os empregados. Em maio, quando a CSN foi dividida em unidades de negócios, ele perdeu poder.
Nesse momento, Coutinho passou a ser responsável apenas pela administração da usina, enquanto a economista Maria Sílvia Bastos Marques, ex-secretária municipal de Fazenda do Rio, passou a ser a principal executiva.
Coutinho era funcionário de carreira, estava na empresa há 25 anos e tomou posse em fevereiro de 1994.

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