São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EUA não abrem a telefonia local

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Suprema Corte dos Estados Unidos recusou ontem uma petição das autoridades federais e das grandes empresas de comunicação de longa distância para abrir à concorrência os monopólios locais de telecomunicação.
A desregulamentação desse mercado local, estimado atualmente em US$ 100 bilhões, depende das autoridades estaduais.
A decisão dos juízes da Suprema Corte foi interpretada pelos analistas como uma derrota para a Comissão Federal de Comunicações (FCC, ou Federal Communications Comission), a agência regulamentadora federal, e para as grandes empresas do setor, como a AT&T e a MCI.
As duas empresas haviam pedido à Suprema Corte que redefinisse as regras de abertura da telefonia local, já que há alguns meses um tribunal de St. Louis (Missouri) suspendeu a aplicação da regulamentação até que houvesse uma modificação total do sistema. O caso agora será retomado pela corte apenas em janeiro de 1997.
Para as pequenas empresas de comunicação local, a decisão é uma vitória e aumenta o seu poder de barganha em projetos de associação com as grandes empresas.
As regras ditadas pela FCC dizem que os operadores de longa distância, os de televisão a cabo e os de serviços públicos que queiram oferecer a seus clientes serviços de telefonia local devem conectar-se à rede local já existente, tal como permitido pela nova lei de telecomunicações dos Estados Unidos.
Mas, para os operadores locais, essas regras da FCC eram consideradas uma "usurpação" dos poderes das autoridades estaduais na determinação da política de preços nessas associações.

Texto Anterior: O álcool e a sociedade justa de Galbraith
Próximo Texto: Aluguel segura IPC e deixa de ser vilão
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.