São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996
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Oséas fatura com o cabelo

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO A CURITIBA

O mais novo titular da seleção brasileira, ainda que por um jogo, não queria ser jogador de futebol. Virou graças ao apoio do pai.
Hoje faz tanto sucesso em Curitiba que ganhou dinheiro até numa parceria com o Atlético-PR para a venda de bonés do clube com imitação do seu cabelo. Oséas não confia a ninguém o cuidado com seus cabelos. Pelo menos uma vez por semana, ele passa um hora por semana em frente ao espelho, refazendo-os.
(MD)
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Folha - Quem o ajudou mais a chegar até a seleção?
Oséas - Meu pai. Quando era garoto, não pensava em jogar futebol profissional. Queria mesmo era terminar o segundo grau.
Folha - Como você começou a sua carreira?
Oséas - Nos campeonatos de bairro lá de Salvador, onde nasci. Alguns juízes eram da federação e me diziam que eu tinha futebol para ser jogador. Eu tinha 15 anos.
Folha - Algum jogador te inspirou?
Oséas - Um foi o Zico. Admirava também o Van Basten. Admirava a técnica e, principalmente, a finalização do Van Basten.
Folha - Há quanto tempo você usa esses dread-locks (penteado de tranças de origem jamaicana)?
Oséas - Há uns três anos e meio. Me inspirei num zagueiro do Galícia (BA), chamado Gedeon. Só que ele fazia isso no cabelo todo, mas eu só uso atrás?
Folha - Quem mexe no seu cabelo?
Oséas - Eu mesmo. Pelo menos uma vez por semana, eu gasto uma hora em frente ao espelho.
Folha - Até onde essa moda existe em Curitiba?
Oséas - Eu e o Atlético lançamos uns 5.000 bonés do clube com uns cabelos falso, como os meus. Vendeu tudo. Vamos fazer mais logo. Também há pessoas que estão usando cachos para imitar.
Folha - Os adversários puxam teus cabelos?
Oséas - Até agora, não. Se me atrapalhar, eu corto.

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