São Paulo, quarta-feira, 13 de novembro de 1996 |
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CD vai do rap ao romântico
CARLOS CALADO
Decidido a encarar as bandas de axé music e pagode em todas as frentes, o Olodum dá um decisivo passo adiante em "Roma Negra". No seu álbum mais variado, a banda vai de um raivoso rap-denúncia ("Mundo Cão") até uma canção assumidamente pop e romântica ("Doce Criatura"). Essa variedade se estende ao xote nordestino ("Violeiro Tocador", com letra que toca na questão da reforma agrária), e à axé music ("Mar Lagoa"). Até mesmo as já insuportáveis danças da garrafa e do tchan recebem uma versão mais musical, na gingada "Bole Bole". Nela, assim como no funk baiano "Melodia Swingueira", chama atenção o avanço nos arranjos de metais. Em meio a tanta variedade, o tradicional samba-reggae não poderia ficar de fora. Além de "Bora Bora", o CD inclui um "pot pourri' de sucessos antigos do bloco. Com uma carreira internacional em ascensão, o Olodum afirma em "Roma Negra" que, depois de romper com o gueto, o pop é o único caminho. (CC) Disco: Roma Negra Banda: Olodum Lançamento: Continental Quanto: R$ 18, em média Texto Anterior: Olodum traz sua 'Roma Negra' a SP Próximo Texto: Buemba! Don King é que agradece a Deus! Índice |
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