São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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Exército vai fiscalizar a boca-de-urna

ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A Justiça Eleitoral pediu que tropas do Exército fiscalizem os locais de votação em Manaus no segundo turno, para evitar a campanha de boca-de-urna.
O Exército já tinha sido convocado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) desde o primeiro turno para garantir a segurança das eleições na capital amazonense.
No primeiro turno, entretanto, a fiscalização da boca-de-urna no dia da eleição acabou ficando a cargo da Polícia Federal, que não conseguiu evitar a distribuição de propaganda pelos cabos eleitorais dos diversos partidos.
"Nosso efetivo é pequeno e não há como fiscalizar toda a cidade", declarou o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Mauro Spósito. Ao todo, 11 cabos eleitorais foram presos pela Polícia Federal durante a eleição.
"Eu não pensei que os partidos políticos iriam desrespeitar a lei dessa maneira", declarou a juíza.
O Exército deverá prender todos os cabos eleitorais que praticarem a boca-de-urna. Eles serão encaminhados para a Polícia Federal.
No debate veiculado na TV Amazonas, afiliada da Rede Globo, na noite de anteontem, cada um dos candidatos criticou as alianças feitas pelo concorrente para o segundo turno.
Alianças
O candidato Alfredo Nascimento (PPB) classificou de incoerente o apoio que seu adversário, Serafim Corrêa, está recebendo de Gilberto Mestrinho (PMDB).
Já Corrêa criticou o apoio dado pelo candidato derrotado no primeiro turno, Nonato Oliveira (PDT), ao candidato do PPB. Oliveira está desrespeitando uma decisão do PDT de apoiar Corrêa.
Os dois candidatos têm aparecido tecnicamente empatados nas últimas pesquisas de intenção de voto.

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