São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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Mais hospitais ou novo sistema

DA REDAÇÃO

A gestão de Luiza Erundina ampliou a infra-estrutura material do setor de saúde: foram construídos 6 hospitais, 3 prontos-socorros e 13 postos de saúde. O número de leitos, de internações e de atendimentos cresceu em seu governo.
Erundina enfrentou porém uma crônica falta de pessoal: vários hospitais foram inaugurados com metade da capacidade porque faltavam médicos e funcionários.
Maluf não deu prioridade à saúde de 1993 a 1995: a fatia do orçamento caiu ano após ano. Nenhum hospital foi construído, e o número de leitos, de atendimentos e internações declinaram.
A gestão pepebista só mudou esse quadro neste ano, com a implantação do PAS (Plano de Atendimento à Saúde). O gerenciamento dos hospitais e prontos-socorros foi transferido para cooperativas formadas pelos funcionários.
O novo sistema melhorou o atendimento, segundo 79% dos usuários, mas a um custo bastante elevado. Os salários dos médicos aumentaram consideravelmente, de R$ 576,00 (jornada de 20 horas) em 92 para R$ 3.200,00 em 96.
Isso provocou um estouro de 23% no orçamento da saúde deste ano. Em 1997 os gastos serão ainda maiores (R$ 1,2 bilhão). O novo prefeito terá de ampliar as verbas do setor se quiser manter o PAS.
O atendimento do PAS é levemente superior ao do SUS: na avaliação geral dos usuários, 83% dos pacientes do PAS consideram o sistema "ótimo ou bom". Na rede estadual, esse percentual é de 81%.

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