São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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Mais ônibus ou novas avenidas

DA REDAÇÃO

Na área de transportes, Erundina e Maluf adotaram políticas opostas: a gestão petista priorizou os ônibus, enquanto a gestão malufista investiu mais nos carros.
Durante o governo petista, a frota de ônibus passou de 8.337, em 1989, para 10.918, em 1992. O aumento do número de veículos trouxe maior conforto para o usuário. A prefeitura também subsidiava as tarifas: elas variaram de R$ 0,54, no final de 1988, para R$ 0,38, no final de 1992. Esse política custava cerca de US$ 822 milhões por ano aos cofres públicos.
O governo Maluf desmontou o sistema petista: privatizou a CMTC, reduziu o subsídio por passageiro para apenas R$ 0,05 e elevou a tarifa para R$ 0,80. Hoje o gasto com os ônibus foi reduzido a US$ 280 milhões por ano. O número de funcionários caiu de 70.290, em 1992, para 60.795, em 1996.
A gestão malufista, por outro lado, investiu muito nas obras viárias: o túnel sob o parque do Ibirapuera, a avenida Água Espraiada, o complexo viário Jacu-Pêssego, a passagem de nível da av. Juscelino Kubitschek sob a av. Santo Amaro, entre outras. As 15 maiores obras custaram cerca de R$ 3 bilhões.
A atual administração argumenta que as obras viárias também melhoram o transporte coletivo, mas não isso não transparece nas estatísticas sobre o congestionamento na cidade. Em 1992, a média diária de congestionamento no período da tarde era de 41,6 km. Ela subiu para 101,6 km em 1994 e hoje alcança 123,4 km.

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