São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 1996
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Confederação de Lojistas diz que Simples pode "matar empresas"

Micro e pequenas não devem aderir, sugere entidade

MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas está sugerindo às micro e pequenas empresas que não aceitem as regras da medida provisória 1.526, que cria o Simples (sistema tributário único).
A adesão à sistemática somente poderá ser feita se a empresa estiver em dia com o pagamento de impostos. Quem tiver débito poderá parcelá-lo em até 72 meses.
Gerson Gabrielli, presidente da entidade, diz que a adesão significa assinar o atestado de óbito. "A empresa que está moribunda, por não conseguir pagar os impostos antigos, não terá condições de pagar também o novo."
A empresa que confessar o débito estará sob controle da Receita Federal, acredita Gabrielli. Assim, se não pagar, terá seu nome inscrito no Cadin (cadastro de devedores) e poderá não ter acesso a crédito no mercado.
Ele entende que o governo deveria cobrar os débitos sem juros e multas. Além disso, deveria dar seis meses de carência para o início do pagamento dos débitos antigos.
Gabrielli quer ainda que a adesão ao Simples não implique confissão da dívida. Nesse caso, caberia à Receita descobrir quem deve e que está em dia com os impostos, como ocorre com as grandes empresas. Por isso, ele diz que o governo precisa discutir com as partes envolvidas uma melhor solução para o problema. (MCz)

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