São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996 |
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Eleitor é progressista, diz Castro
DO ENVIADO ESPECIAL; DA AGÊNCIA FOLHA Célio de Castro (PSB) acredita que seu crescimento se deve à politização da campanha e ao tratamento dado ao eleitor.Folha - O sr. já se vê eleito? Célio de Castro - Não. Por mais respeitados que sejam os institutos de pesquisa. Folha - O sr. começou com baixos índices de aprovação (12% em julho, segundo o Datafolha) e termina na frente. Como explicar isso? Castro - O eleitorado de Belo Horizonte se caracteriza pela rebeldia, independência e postura progressista. No primeiro turno, 70% dos votos foram a candidatos com idéias progressistas. E eu não busquei votos como sendo algo que se busca no mercado de opinião pública. Busquei um diálogo permanente com o eleitor. Isso simboliza que a discussão política consolidou esse crescimento. Folha - Seus adversários argumentam que o sr. correu por fora durante todo o primeiro turno, sem ser alvo das críticas. Castro - É uma tentativa de explicação, como tantas outras. Ela contesta a teoria da polarização, pela qual essa eleição seria caracterizada pela disputa entre o Palácio da Liberdade e a prefeitura. Folha - Mas essa polarização aconteceu no segundo turno. O sr. é o vice-prefeito, e seu adversário é o candidato do governador. Castro - Mas o eleitor continua pensando em idéias e propostas. Tanto é que a participação do governador e do prefeito, no segundo turno, foi discreta. Sempre tive idéias próprias. Texto Anterior: Candidato tucano já admite derrota; Castro deve se receber 70% dos votos Próximo Texto: Diferença pode ser recorde Índice |
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