São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996
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Tucano vê falha em marketing

DO ENVIADO ESPECIAL; DA AGÊNCIA FOLHA

Amílcar Martins (PSDB) considera que um dos motivos de sua derrotada foi ter perdido o controle dos seu programa eleitoral.
Folha - O sr. acha que a vitória de Célio de Castro está configurada?
Amílcar Martins - Prefiro dizer que continuo trabalhando. Eu era o lanterninha de todas as pesquisas. Se hoje puder ganhar algum votinho, eu quero. Mas, quanto maior a diferença, menos provável que isso aconteça..
Folha - Mesmo com a participação do publicitário Geraldo Walter, ligado ao Palácio do Planalto, sua campanha teve atropelos. Castro foi acusado de ser comunista, sendo que o sr. também já o foi.
Martins - Em um programa de rádio, realmente fiquei insatisfeito. Jamais acusaria alguém de ser comunista, devido à minha formação pessoal. Deixei correr solto, perdi o controle.
Folha - Temas nacionais, como o desemprego, dominaram o segundo turno. Isso prejudicou seu desempenho, uma vez que o sr. é o candidato do governo federal?
Martins - Acredito que não. Sou fundador do PSDB e acredito na doutrina desse governo. Os índices de popularidade do presidente Fernando Henrique e do Plano Real são altos em Belo Horizonte.
Folha - O sr. esperava uma transferência de votos do governador Eduardo Azeredo (PSDB) devido à sua popularidade na cidade?
Martins - Acho que ele transferiu. Não há nenhuma razão para supor que o apoio dele e do presidente tenha me prejudicado.

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