| São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996 |
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Isto é Erundina "O povo elegeu o desgraçado do prefeito que só pensa em empreiteira, túnel e viaduto" 1934 Luiza Erundina de Sousa nasce a 30 de novembro em Uiraúna, Paraíba. É a sétima dos dez filhos do agricultor Antonio Evangelista de Souza e Enedina de Souza. Deveria se chamar Luzia, mas houve engano do escrivão do cartório. 1958 Diretora de educação e cultura da Prefeitura de Campina Grande (PB), primeiro dos cinco empregos públicos que ocupou. 1966 Torna-se professora da Faculdade de Serviço Social, em João Pessoa, pela qual havia se formado. Daria aulas, depois, em nove faculdades, a última delas, em Juiz de Fora (MG), como professora convidada em administração pública. 1971 Já em São Paulo, torna-se chefe da divisão de programação do Mobral (programa de alfabetização) e em seguida presta concurso e se torna assistente social da prefeitura. 1978 Eleita presidente da associação das assistentes sociais, mantém contato com os metalúrgicos do ABÁ, entre eles Lula, que no ano seguinte a convida para o grupo que articula a fundação do PT. 1982 É eleita vereadora pelo PT. Três anos depois, concorre a vice-prefeita na chama encabeçada por Eduardo Suplicy, na mesma eleição em que este e FHC são derrotados por Jânio Quadros. 1986 Eleita deputada estadual. Torna-se líder da bancada petista. 1988 Elege-se prefeita de São Paulo em 15 de novembro, em eleição de turno único. Derrota na reta final o até então favorito Paulo Maluf. 1989 Conflitos com o PT surgem já no início de sua administração. O partido se opõe ao aumento das tarifas de ônibus e sai em defesa de servidores em greve. Afasta Luiz Eduardo Greenhalgh, seu vice e homem de confiança de Lula, da Secretaria dos Negócios Extraordinários. Alega "quebra de relação de confiança", após denúncia de envolvimento dele com o caso Lubeca. 1993 Contrariando determinação de seu partido, assume a 28 de fevereiro a Secretaria da Administração. Itamar a põe sob suspeita de querer usar o governo como trampolim para sua candidatura a governadora de São Paulo. Eliseu Resende, ministro da Fazenda, cai por suspeita de envolvimento com empreiteira. Erundina se recusa a deixar o ministério. Apóia servidores que fazem piquete em frente a seu gabinete. Itamar a demite em telefonema. 1994 Já reabilitada como petista, não tem fôlego para concorrer com José Dirceu a candidata ao governo do Estado. Concorre ao Senado. Pelas pesquisas, ela e José Serra (PSDB) têm maiores chances de serem eleitos. Mas, ao final da campanha, ataca duramente o Plano Real. Romeu Tuma sai em defesa da nova moeda, ultrapassa Erundina nas intenções de voto e se elege senador. 1996 Derrota Aloizio Mercadante nas prévias internas do PT e concorre pela segunda vez à Prefeitura de São Paulo. O que falam dela: "Eu só lamentei que ela está prepotente, né? Deve ser a idade, a menopausa..." Sérgio Motta, 28.set.96 "O sr. Sérgio Pinto Ramos Motta foi de uma crueldade desnecessária com alguém que tem muito valor pessoal. Posso discordar das idéias. Mas, como meu pai, que deixou o Líbano, ela também veio de fora e venceu em São Paulo." Paulo Maluf, 2.out.96 "Estou bem nas pesquisas porque trabalhei. Tenho calos nas mãos. Alguns candidatos só têm calos na língua. Só sabem prometer." Paulo Maluf, 5.ago.96 Texto Anterior: Divisão interna do PT reduz chances de Erundina comandar SP pela 2ª vez Próximo Texto: PROMESSAS Índice |
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