São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996 |
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Cetesb estuda multa para caminhão FABIO SCHIVARTCHE FABIO SCHIVARTCHE; FABÍOLA SALANI
A área técnica da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) está estudando o sistema de integração de multas no país para definir a inclusão dos caminhões no rodízio de veículos antipoluição em 97. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Fábio Feldmann, quer que os veículos movidos a diesel participem da ação no próximo ano. Em 96, primeiro ano em que o rodízio foi obrigatório e com a aplicação de multas, eles ficaram desobrigados de cumprir a restrição de circulação -um dia por semana. Mas para 97 a participação deve ser ampliada. "Nossa maior dificuldade é a aplicação de multas em caminhões de outros Estados. Mas se for possível contornar isso, através de convênios entre os departamentos de trânsito de vários Estados, esses veículos devem participar do rodízio", afirmou Feldmann. A intenção de incluir os caminhões em 97 foi manifestada pelo governador Mário Covas em setembro deste ano, logo depois da realização do rodízio. Feldmann, que ressaltava ser maléfica à economia a inclusão dos caminhões no programa, nega que esteja recuando. "O rodízio é um processo. Em 95, fizemos uma ação voluntária. No ano passado, controlamos a emissão de CO (monóxido de carbono). É razoável que no 3º rodízio tentemos reduzir a emissão de fumaça preta (produzida por veículos a diesel) ", disse o secretário. O projeto de lei que determina o rodízio deve ser enviado à Assembléia Legislativa até dezembro. Para o assessor da presidência do sindicato das empresas, Carlos Breda, 36, a participação afetaria financeiramente as transportadoras. "Se isso acontecer, vamos repensar nossas ações de controle de fumaça-preta, na qual gastamos um dinheiro violento", disse. O presidente do sindicato dos caminhoneiros, José Araújo, afirma que "o Covas estaria comprando briga com essa inclusão". "É preciso melhorar a qualidade do óleo diesel. Não somos os únicos culpados da poluição", afirmou Araújo. Colaborou Fabíola Salani, da FT Texto Anterior: Justiça não recebeu filme sobre Pixote Próximo Texto: Servidor inativo terá salário de R$ 13 mil Índice |
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