São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 1996
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Anúncio do déficit tranquiliza mercados

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

Apesar de o resultado da balança comercial de outubro ter sido péssimo, o mercado não se surpreendeu com os números e até se tranquilizou.
A tranquilidade foi espelhada pelos contratos futuros de dólar, que recuaram em todos os meses de negociação. Os juros futuros também cederam.
A única exceção foi a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que fechou em queda ontem.
Houve uma correção das altas exageradas nas últimas semanas, quando o mercado especulava que o volume das importações superaria o das exportações em até US$ 1,5 bilhão.
Segundo operadores, o mercado já absorveu o déficit de US$ 1,308 em outubro, divulgado ontem.
Agora as atenções começam a ser voltadas para o resultado da balança comercial de novembro.
E a especulação já começou. Uma influente consultoria já trabalha com a possibilidade de o déficit de novembro ficar em torno de US$ 830 milhões -bem mais baixo que o anunciado ontem.
A cotação do dólar comercial (usado nas exportações/importações) à vista abriu o dia em alta, devido ao fluxo equilibrado do dia anterior.
No fechamento dos negócios, acabou recuando, com o aumento de ingresso de divisas.
Segundo operadores, o fluxo de entradas deveria ficar positivo em cerca de US$ 100 milhões ontem.
Bovespa
A Bovespa, que vinha acompanhando o nervosismo do câmbio nos últimos dias, ficou animada com a calmaria que se seguiu ao anúncio da balança. Mas não conseguiu sustentar-se em alta, recuando no final do dia.
O índice Bovespa caiu 0,73%, com 65.229 pontos . O volume financeiro da Bolsa paulista ficou em R$ 329,22 milhões.
Comentários de um diretor do BNDES, em Buenos Aires, sobre possível atraso no cronograma de privatização da Telebrás desanimou o mercado.
As ações preferenciais de Telebrás caíram 1,42%, fechando a R$ 76,40 o lote de mil ações. Telebrás ON recuou 0,92%, fechando a R$ 64,40 o lote de mil.
O mercado de juros ficou equilibrado ontem. O dinheiro a termo para segunda-feira fechou a 2,67%/2,68% de taxa-over.

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