São Paulo, sábado, 16 de novembro de 1996 |
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Garota é achada morta com mutilações em rio no RN
DANIELA FALCÃO
O corpo de Elizete Moura Lemos foi achado boiando no rio Pataxó com a cabeça raspada e perfurada, além de ter várias mutilações. Uma orelha foi decepada, e havia vários hematomas e um corte profundo nas costas, que ia da cintura ao pescoço. A Polícia Civil de Ipanguassu investiga duas hipóteses: a de Elizete ter sido morta em ritual de magia ou mutilada para que seus órgãos fossem extraídos e vendidos. A menina havia sido sequestrada no domingo à noite, por volta das 21h, quando brincava na porta de sua casa, no distrito de Arapuá. Investigação Segundo vizinhos, Elizete foi sequestrada por um casal que dirigia um carro branco: uma mulher loura, aparentando 40 anos, e um rapaz de 20. O casal teria parado em frente à casa de Elizete, chamado a garota, que teria entrado no carro. Em seguida, o carro teria desaparecido. A polícia já prendeu dois suspeitos: os irmãos Maria Edjane Firmino, 21, e João Batista Gomes, 24. Maria é doméstica e morava perto da menina. Gomes morava em Natal e era pedreiro. Ele já havia sido preso por assalto. O pai de Maria e dois outros irmãos cumprem pena por homicídio. Maria está presa na delegacia de Açú, mas nega a autoria do crime. A polícia achou em sua casa pistola 76 mm que pertenceria a Gomes. Preso em Natal, o pedreiro também nega ter participado do crime. Ele afirma que no domingo estava no município de Açú. Gomes negou que conhecesse a mulher loura que teria sequestrado Elizete e também disse não possuir nenhum carro branco. Testemunhas teriam afirmado à polícia que Gomes é parecido com o rapaz que sequestrou a menina. O corpo de Elizete foi encontrado por um tio da garota na quarta-feira pela manhã. Segundo ele, o corpo estava tão deformado que era praticamente impossível reconhecer Elizete. Esse foi o crime mais grave de toda a região do Vale do Açú, onde fica o município de Ipanguassu. Os pais da menina, Manoel e Maria Eliene Lemos, estão em estado de choque, segundo a polícia. Há quatro anos, um outro filho do casal, Eduardo, na época com 16 anos, foi assassinado em Ipanguassu. Até hoje a polícia ainda procura os culpados. Texto Anterior: Funcionários da balsa cancelam greve Próximo Texto: Relatório deve exigir mudança em Fokker Índice |
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