São Paulo, sábado, 16 de novembro de 1996 |
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Perigo
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE Alguns sérios acidentes e a morte de um garoto de 12 anos comprovam que o automobilismo nacional precisa, urgentemente, repensar seus critérios de segurança.Que o esporte a motor é algo perigoso, todo mundo sabe -está escrito até nas credencias da F-1. Mas fugir à responsabilidade classificando um episódio como o de Manaus como "fatalidade" é fechar os olhos para a realidade. Essa foi a única palavra que ouvi nesta semana de eleições. Fatalidade. Como se não houvesse nada a fazer. Sempre há o que fazer. Mas poucos se preocupam com isso. Ainda mais neste bananal em que vivemos. Pior, o assunto só ganha espaço na mídia quando, sabe-se lá por que cargas-d'água, existe alguma imagem sanguinária a ser admirada. Como afirmou o presidente da Federação Internacional de Kart, ouvido pela Folha nesta semana, ruim mesmo é a pressão dos pais. Já abordei o assunto e fui criticado, ou mal interpretado. Mas, já que das autoridades competentes nada se espera, só resta a eles apelar. Se você acredita de fato que cria o sucessor de Ayrton Senna, tudo bem. Mas exija regulamentos adequados e condições razoáveis de segurança dos organizadores. Seu filho não pensará nisso. Se com dez anos é capaz de pular da janela achando que é super-homem, imagine o que ele pode fazer sentado em um kart. * Frank Williams e Flavio Briatore já pensam em bancar os motores Renault a partir da temporada de 1998. Na verdade, esse é o desejo da fábrica francesa. Continuar, mas sem ter que financiar a maior parte do bolo. Na Alemanha, a imprensa já fala sobre BMW e Porsche. Entrariam antes do final do século, respectivamente, com Williams e Benetton. Texto Anterior: Quando o jornalismo derruba o futebol Próximo Texto: Sauber x Ferrari; Biaggi x Aprilia; Fim-de-semana Índice |
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