São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Documento é moeda política

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Todo ano de eleição, um número maior de brasileiros deixa a clandestinidade e a taxa de registro civil dá pequenos saltos, constatou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O registro civil pode levar ao voto por duas vias. Os clandestinos, quando registrados, se transformam em potenciais eleitores. O voto também pode ser uma moeda de retribuição do eleitor pelo registro dos filhos.
Para o agricultor Pedro Oliveira da Silva, morador do município de Cavalcante (GO), a explicação é óbvia. Ele mesmo espera as próximas eleições para repetir a fórmula adotada com os filhos mais velhos e tentar registrar de graça o caçula Valdisson, 8.
Nas eleições municipais deste ano uma candidata a vereadora lhe prometeu o registro, mas falhou. "O registro é uma moeda política mesmo", diz o diretor da Anoreg (associação que representa os cartórios) Válber Cavalcanti.

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