São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996 |
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Droga age antes em mulheres
JAIRO BOUER
No Care, a maior proteção para os homens foi detectada depois de dois anos e meio de tratamento. Para as mulheres, o benefício apareceu no final do primeiro ano. O perfil das mulheres no Care era um pouco mais "grave" do que o dos homens: média de idade mais elevada (61,2 anos), mais fumantes, mais hipertensas, mais casos de doença cardíaca na família, mais diabéticas e mais expostas a múltiplos riscos. Segundo Bruno Caramelli, do Instituto do Coração (InCor) do HC-USP, a população feminina se comporta de forma diferente da masculina com relação às doenças coronárias e aos infartos. Em 1992 (últimas estatísticas fechadas nos EUA), 479 mil mulheres morreram por causa cardiovascular -52% do total das mortes em mulheres no país. 233 mil delas foram por doenças nas coronárias. 44% das mulheres que têm infarto morrem em um período de um ano. Em contraste, 27% dos homens morrem no mesmo período. Estudos mostram que aos 55 anos, os níveis de colesterol em mulheres são maiores do que aqueles nos homens. Muitas mulheres, após a menopausa recebem reposição hormonal com estrógenos para protegê-las contra o infarto. Todos esses fatores podem ter influência no maior benefício observado nas mulheres. (JB) Texto Anterior: Saiba mais detalhes sobre os "tipos" de colesterol Próximo Texto: Caminhadas diminuem o risco Índice |
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