São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996
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Tesoureiro faz prova para evitar a jubilação

LAURO VEIGA FILHO

FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM GOIÂNIA

Primeiro tesoureiro da UNE desde janeiro, o estudante de história Olavo Noleto Alves, 22, (ligado ao PT) fez novo vestibular, em 95, para evitar a jubilação pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
É seu terceiro exame desde 91. Naquele ano, o então vestibulando foi aprovado no curso de história da Universidade Católica de Goiás -escola paga que Noleto trocaria pela Universidade Federal de Goiás, ainda em 91.
Até ali, a militância estudantil -iniciada aos 11 anos- não havia interferido nos estudos. Filho de militantes, Noleto aprendeu a "fazer política" em casa.
No primeiro ano na UCG, Noleto foi eleito para o DCE (Diretório Central dos Estudantes), mas não exerceu o cargo porque pediu transferência para a UFG.
Em 93, assumiu o cargo de vice-presidente da UNE para o Centro-Oeste. Daí em diante, não conseguiu mais conciliar a militância estudantil com a vida acadêmica. Com medo da jubilação, Noleto prestou novo vestibular para o mesmo curso e universidade. Foi aprovado, mas sua situação continua irregular -apesar de cursar só uma disciplina, ele não frequentou as aulas e não fez as provas.
"Termino meu mandato em maio e vou dar um tempo com a militância. Quero me formar e fazer pós-graduação", diz.

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