São Paulo, domingo, 17 de novembro de 1996 |
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Gay enfrenta preconceito em 'Xica'
CRISTINA RIGITANO
"Pensei que ia sofrer perseguição, como o André Gonçalves, que fez um homossexual numa novela da Globo. Mas não tive manifestações desagradáveis. Só recebo elogios. O André fazia um personagem sem composição, era ele mesmo. Se tiro o aplique e a maquiagem, dificilmente sou reconhecido", diz Piva. Através do Zé Mulher, o ator quer apoiar os gays. "Homossexualismo não é doença, é uma opção. Vamos deixar cada um ser feliz como quiser." Comparando os dias de hoje ao tempo de Xica da Silva, Piva chegou à conclusão que os gays ainda sofrem preconceito, mas, segundo ele, a situação melhorou. "Na época da Xica da Silva o homossexual era condenado à morte, era queimado vivo." Com medo de ter o neto na fogueira, a bruxa Benvinda (Míriam Pires) faz um feitiço para que ele e a costureira Elvira (Giovanna Antonelli) se apaixonem. Resta saber se a bruxaria surtirá efeito em Zé Mulher. Piva aposta que Zé Mulher continuará gostando de homem e não trocará a companhia do escravo Paulo (Deo Garces) pela costureira. "Não sei se esse romance vai vingar. Acho que não vai se converter. Deve continuar gay convicto." Xica da Silva (Taís Araújo) dará dicas de conquista a Elvira. "Ela vai mandar a costureira esperar o Zé Mulher, nua, na cama dele", conta Taís. Texto Anterior: TV argentina busca atores brasileiros Próximo Texto: Assembléia Legislativa terá seu canal Índice |
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