São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 1996
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SP tem 'boom' de conselhos de ensino

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Estado de São Paulo vive um verdadeiro boom de Conselhos Municipais de Educação (CMEs) -a instância mais propícia de participação da sociedade civil na definição dos rumos do ensino público de uma cidade.
No início de 1996, entre os 625 municípios paulistas, só 46 tinham conselhos funcionando normalmente e 92 tinham conselhos criados, mas ainda sem atividade. Durante este ano, outros 180 iniciaram o processo de criação e 62 pretendem fazer isso em 1997, segundo levantamento do Conselho Estadual de Educação.
Esse movimento tem duas causas principais. Primeiro, é um reflexo ainda tardio da Constituição de 88, que prevê sua instalação.
Segundo, demonstra que as cidades começam a se preparar para a municipalização da rede estadual, proposta pelo governo Covas, e que se tornará quase obrigatória, em 97, com o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental.
Esse fundo vinculou 60% de todos os recursos destinados à educação ao ensino regular de 1º grau.
Como nenhuma prefeitura está disposta a repassar recursos para que outros níveis de governo administrem essas escolas, a tendência é de assumirem o 1º grau.
Apenas um conselho municipal, o da cidade de São Paulo, já obteve delegação de poderes do Conselho Estadual. Com essa delegação, toda a vida escolar da cidade passa a depender do CME -desde reconhecimento de equivalência de estudos até autorização para o funcionamento de colégios.
Para trocar experiências nessa área, o CME de São Paulo realiza na quinta-feira, dia 21, o 1º Encontro Estadual de Conselhos Municipais de Educação. Informações pelos tels. (011) 549-1147 e 570-5108.

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