São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 1996
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Atlético-PR vê perseguição na derrota para o Santos

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos superou ontem o Atlético-PR por 3 a 2, tirando-o da liderança do Brasileiro.
Com 27 pontos, os santistas não têm mais esperança de classificação, mas estão livres do rebaixamento. O Atlético, com 39, tem vaga assegurada para a segunda fase.
O jogo, tumultuado, teve quatro expulsões, três para o Atlético, uma para o Santos.
Os paranaenses foram mais perigosos no primeiro tempo. O meia Pierkaski armava as principais jogadas do time, tabelando com os atacantes Paulo Rink e Oséas.
Aos 10min, Jean Carlo tocou para Oséas, que passou para o polonês Pierkaski anotar 1 a 0.
Aos 19min, Alessandro, aproveitando rebatida de Ivan, empatou para o Santos.
Aos 35min, o Atlético aproveitou falha da defesa santista para chegar aos 2 a 1. Jean Carlo cobrou escanteio, Oséas tocou de cabeça e Paulo Rink, também de cabeça, marcou.
O Santos empatou novamente aos 41min. Quem anotou foi Ronaldo, cobrando falta. A barreira atleticana abriu, e o goleiro Ivan pulou atrasado.
No segundo tempo, quando a partida ficou mais tensa, ocorreram as expulsões.
Aos 18min, Vágner agrediu Paulo Rink no chão e os dois foram expulsos. Aos 22min, Roberto Ramos recebeu cartão vermelho por reclamação. Aos 33min, Reginaldo, que já tinha amarelo, cometeu falta e também foi expulso.
Com oito atletas em campo, o Atlético permitiu a virada santista. Aos 45min, Robert chutou na trave e, no rebote, Alessandro, de cabeça, marcou o gol da vitória.
Os protestos
A atuação do juiz Ubiraci Damásio revoltou o Atlético, que pretende protestar junto à Comissão Nacional de Arbitragem.
"Foi uma atuação facciosa", disse Munir Kaluf, supervisor de futebol atleticano. "O Paulo Rink foi agredido e foi expulso. O Roberto Ramos fez uma falta normal e também foi expulso. É palhaçada."
O presidente Mário Petraglia também reclamou. "São dois pesos e duas medidas. Se está em campo o Corinthians ou o Flamengo é uma coisa. Se é o Atlético-PR, o respeito não é o mesmo."
O técnico Evaristo de Macedo preferiu ironizar. "O juiz foi ótimo. Só decidiu o jogo."

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