São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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Apelam para as ameaças

DA REPORTAGEM LOCAL

Ameaçar é a pior coisa que uma mulher pode fazer para conseguir algo desses homens. Eles fazem o tipo pirracentos: se pressionados, aí é que não cedem mesmo.
"Acho engraçado quando alguém parte para a ignorância e ameaça", diz o estudante de administração Mauro Cavalcanti, 23."Começo a rir, só para ver a pessoa perder a calma."
Freire acredita que a ameaça não é uma estratégia, é um sintoma.
"Só o desespero explica a atitude de uma mulher que diz coisas como: 'Se você se atrasar eu vou à festa com fulano'."
Para ele, quem ameaça perde a moral. "Não seria muito mais inteligente que ela fosse a festa com o fulano e depois deixasse eu saber, ou me contasse despreocupadamente?", pergunta.
O combate
O empresário Alexandre Assad, 22, afirma que tem um método infalível para combater a ameaça.
"Eu digo calmamente que tudo bem, que ela pode fazer o que está ameaçando", diz. "Isso acaba com a alegria de qualquer uma."
Assad conta que, quando uma mulher ameaça ir com outro, ele arranja outra.
"É muito pior, porque no caso dela, o outro é só para fazer pressão. No meu, é alguém que vai atingir em cheio o orgulho dela."
Com o bancário Ricardo Mattos, 30, o pior caso de ameaça é na relação de trabalho.
"Tem mulher intrigueira, que fica especulando e descobre coisas só para fazer ameaças", diz. "Deixo ela pensar que estou com medo e dou corda até a miserável se enforcar sozinha."

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