São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996 |
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Prevalência é menor entre homossexuais mineiros
AURELIANO BIANCARELLI
São os mineiros que apresentam menor prevalência: 6,5% dos que procuraram o projeto e fizeram exame estavam infectados. É cinco vezes menos que o registrado em um dos grupos do Rio. Os coordenadores do projeto acreditam que a baixa incidência se deve a esses cuidados. O psicólogo Edison Ildefonso Oliveira, coordenador psicossocial, diz que a população que participa está "motivada para a prevenção"."Há uma tendência para se evitar o coito anal", afirma. Mas o que emerge das conversas -diz o psicólogo- revela que uma parte ainda frequenta saunas e guetos onde se faz sexo com estranhos sem camisinha. O médico Antonio Carlos Toledo Júnior, coordenador clínico do projeto, diz que 52% dos voluntários disseram não ter usado preservativo na última relação. Mas quando questionados sobre se faziam sexo desprotegido, o índice caiu para 38% entre os com parceiro fixo e 16% entre os com parceiros ocasionais. "Há incoerência, talvez porque alguns prefiram não reconhecer o que fazem." Segundo o médico, 83% dos voluntários acham que estão em risco de pegar Aids. "O que mais contribui para essa sensação é a possibilidade relatada de não praticar sexo seguro." (AB) Projeto Horizontes - tels. (031) 226-8188 e 273-5626. Texto Anterior: Projetos mostram "roleta russa" da Aids Próximo Texto: Prevenção é difícil, diz aluno Índice |
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