São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Corrupção ameaça hospital The Wall Street Journal DO "THE WALL STREET JOURNAL" "Por quase duas décadas, o centro da cidade de Coral Cape, Flórida, foi o seu amado hospital Cape Coral", diz o jornal. Montado como organização sem fins lucrativos em 1977, o hospital tornou-se o maior empregador da cidade, segundo o "Wall Street".Era também a principal instituição de caridade do lugar. "Cidadãos proeminentes faziam parte do seu conselho. O hospital, como retribuição, patrocinava feiras de saúde, um time amador de beisebol e organizava um campeonato popular de golfe", diz o diário. "Então, em junho de 94, tudo foi por terra." O "Wall Street" narra que o conselho diretor descobriu que o hospital que eles achavam que era lucrativo estava à beira da falência, com prejuízo de US$ 1 milhão por mês. A investigação que o conselho contratou revelou que os administradores usaram o dinheiro do hospital para construir mansões, comprar jóias e fazer viagens. Eles usaram instituições e empregados fantasmas para desviar dinheiro e investiram verba do hospital em um projeto turístico numa ilha e um shopping center. "Um dos administradores é acusado de ter desviado prata, resíduo de filmes de raios X, fundido e vendido. Com o dinheiro, começou a traficar cocaína. Esses e outros casos se tornaram agora objeto de vários processos penais e cíveis", diz o jornal. Mas não só os administradores cometeram irregularidades. Os próprios membros do conselho diretor usaram o hospital para pagar reformas em seus próprios estabelecimentos comerciais. O jornal comenta que várias características das instituições não-lucrativas convidam a esse tipo de corrupção. "Entre eles, a falta de acionistas vigiando." Texto Anterior: Sindicatos alemães deixam luta de classes e adotam capitalismo Próximo Texto: Argentina busca restos de submarino da Alemanha Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |