São Paulo, domingo, 24 de novembro de 1996
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Magrini desconfia que Ralf esteja vivo

DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Será que o Ralf morreu mesmo?", pergunta o intérprete do personagem, o ator Oscar Magrini, 35. "Esse é um segredo que só o Benedito (Ruy Barbosa, autor da novela) sabe", despista.
Magrini afirma que ainda não saiu do elenco da novela. "Meu contrato vai até janeiro. Mais pra frente, cada um dos suspeitos vai contar o que viu. O Ralf vai aparecer em flash-back. Eu voltarei a gravar, ainda não sei quando. Ainda tem muita coisa para ser mostrada", diz.
Sobre o suposto assassino, ele dá uma pista. O espancamento teria sido gravado também sob o ponto de vista de Bruno.
Tanto é que a morte de Ralf estava prevista para ir ar no capítulo 32. Ganhou cem episódios de vida e só morreu -"se é que morreu"- no capítulo 132.
"Eu sabia que seria brutalmente assassinado no início da novela. Só que fui ganhando espaço, mesmo o Ralf sendo um cafajeste", diz Magrini.
"O personagem caiu na empatia popular. Teve até abaixo-assinado contra a morte dele", confirma Benedito Ruy Barbosa.
Fetiche
Magrini acredita que parte do público, principalmente o feminino, gostou de seu personagem e gostaria de estar na pele das mulheres nas quais ele batia.
"Tem gente ligando pra saber se eu bato a domicílio. Um absurdo. Esse personagem é um fetiche, está liberando a mulherada", conta o ator.
Casado com a atriz Matilde Mastrangi, o santista Magrini começou sua carreira de ator profissional em 1990, no teatro. Fez longas-metragens e novelas ("Mulheres de Areia", "As Pupilas do Senhor Reitor" etc.).
Antes, fez curso superior de educação física e se dedicou às artes marciais -judô, por exemplo. Nas gravações do espancamento, bateu, mas também apanhou de verdade. "Levei uma cabeçada na testa e um soco na boca", conta.

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