São Paulo, quinta-feira, 28 de novembro de 1996
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1996 e 1997 nos fazem lembrar de...

MARIA ODETTE S. BRANCATELLI
CINILIA T. GISONDI OMAKI

CINILIA T. GISONDI OMAKI; MARIA ODETTE S. BRANCATELLI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Revolução Russa: A Revolução Russa de 1917 teve duas etapas. A primeira, em fevereiro/março, depôs o Czarismo, enfraquecido pelo autoritarismo, crise generalizada e contínuas derrotas na Primeira Guerra. Assumiu o Governo Provisório, mas a força dos sovietes gerou um duplo poder. Os profundos problemas internos e a eficiente oposição dos bolcheviques, liderados por Lênin, foram decisivos para a nova etapa. Em outubro/novembro, os bolcheviques tomaram o poder e, assim, iniciou-se o primeiro estado socialista.
Guerra Civil Espanhola: O golpe liderado pelo general Franco contra o governo espanhol, de linha socialista, arrastou o país para um violento conflito. Franco contou com o apoio de Mussolini e Hitler, estabelecendo mais um regime de extrema-direita na Europa. A Guerra Civil Espanhola (1936-39) serviu como "ensaio" para a Segunda Guerra. A melhor prova foi a destruição da vila de Guernica em 37, eternizada por Pablo Picasso na tela "Guernica".
Estado Novo: Em novembro de 1937, Getúlio Vargas implantou o Estado Novo, concretizando a tendência centralizadora iniciada em 30. A radicalização ideológica da época e o Plano Cohen -falsa trama comunista- criaram condições para o golpe. Durante a ditadura, GV controlou a sociedade, subordinou o operariado por meio da legislação trabalhista e buscou o desenvolvimento industrial com o nacionalismo e o intervencionismo. O fim da Segunda Guerra acelerou a queda do Estado Novo e a redemocratização (1945).
Independência da Índia e do Paquistão: Em 1947, completou-se o processo de descolonização da Índia, com a Lei de Independência votada pelo Parlamento britânico. Gandhi foi um dos líderes do movimento, caracterizado pela não-violência, desobediência civil e não-colaboração com o colonizador inglês. No entanto, a "resistência pacífica" não conseguiu conciliar hindus e muçulmanos, ocorrendo a fragmentação em Índia e Paquistão.
Os anos JK: Em 1956, começaram os "anos dourados" de estabilidade política e crescimento econômico sob a presidência de Juscelino Kubitschek (56-61). Com o Plano de Metas, expandiu o setor de infra-estrutura (energia, transporte) e a indústria de base, e construiu Brasília. JK adotou medidas para atrair o capital estrangeiro ("desenvolvimentismo associado"), usando o Estado como coordenador do desenvolvimento. No entanto, essa política causou inflação, endividamento e dependência.

Maria Odette Simão Brancatelli e Cinilia T. Gisondi Omaki, professoras de história do Colégio Bandeirantes.

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