São Paulo, sexta-feira, 29 de novembro de 1996 |
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Portuguesa quer co-gestão com multinacional em 97
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
"Estamos conversando com uma empresa de grande porte, que não faz parte da comunidade portuguesa, mas está interessada no mercado brasileiro", avisou o presidente Manuel Pacheco. "Gostaríamos de fechar contrato nos moldes do assinado entre Palmeiras e Parmalat." O objetivo da Portuguesa é dividir com uma empresa privada a administração do departamento de futebol. "Ele passaria a ser gerido profissionalmente." Segundo Pacheco, o momento que o time vive no campeonato está apressando o acordo. "Temos que aproveitar o fato de estarmos em evidência. O produto Portuguesa foi valorizado." O clube está sendo patrocinado, no Brasileiro, pela cadeia de lojas Armarinhos Fernando. O balanço A diretoria calcula que a única hipótese de o time não ter prejuízo no campeonato é chegando à final. "As rendas dos jogos decisivos e as cotas de TV podem nos salvar", explicou Ilídio Lico, vice-presidente de futebol. "Caso contrário, morremos no prejuízo." Na primeira fase, o clube estima ter tido prejuízo de R$ 800 mil. Com folha de pagamento, direitos trabalhistas e premiação a atletas e comissão técnica, a Portuguesa gasta R$ 350 mil por mês. Na fase final do Brasileiro, um pool de empresários portugueses deve arrecadar fundos para pagar a premiação aos jogadores. O jogo de volta Para chegar à decisão do Brasileiro, a Portuguesa deve passar por Cruzeiro, nas quartas-de-final, e Atlético-MG ou Atlético-PR, nas semifinais. Apesar de ter vencido o Cruzeiro por 3 a 0, anteontem, no Morumbi, o técnico Candinho espera um jogo difícil amanhã, no Mineirão. "Palmeiras e Cruzeiro continuam sendo as duas melhores equipes no campeonato", afirmou. "Na última partida que fizemos contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte, perdemos por 4 a 1." Para se classificar, a Portuguesa poderá perder por até dois gols de diferença. "Como eles terão de vencer bem, a torcida deve empurrar desde o começo. E serão 50 mil torcedores contra a gente." Candinho não esconde que os paulistas jogarão recuados. "Quero aproveitar os contra-ataques. Em alguns momentos, admito que terei os 11 lá atrás." Os substitutos Candinho vai definir hoje, após o treinamento da manhã, no Canindé, o time que inicia o jogo em Belo Horizonte. Na defesa, Fabrício substitui Marcelo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. No meio-campo, Zé Roberto, também suspenso, não joga. Em seu lugar, joga Zinho, caso se recupere de contusão, ou Roque. No ataque, a dúvida é entre Tico e Alex Alves. Texto Anterior: Fábula fabulosa Próximo Texto: Veteranos auxiliam Rodrigo na 'administração' do sucesso Índice |
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