São Paulo, segunda-feira, 2 de dezembro de 1996 |
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Há negócios esperando por brasileiros
XICO SÁ
Construtoras européias já avançam sobre esse novo mercado no Oriente Médio e instalam os seus canteiros nos arredores de Beirute. As reformas correm em ritmo avançado na capital um tanto destruída pelos bombardeios. Os assessores da embaixada do Brasil não compreendem o motivo pelo qual os empreiteiros brasileiros ainda não despertaram para as concorrências libanesas. Conhecido como "Projeto Horizon 2000", o plano de reformas contempla investimentos nas áreas de telecomunicações, eletricidade, água e esgoto, tratamento de lixo, estradas, portos e centenas de prédios públicos. Somente no setor de transportes e estradas, o Líbano vai aplicar US$ 2,1 bilhões. Para garantir os recursos, o governo tem contado com a ajuda, entre outras instituições, do Banco Mundial. A embaixada brasileira em Beirute está em campanha para atrair os empresários brasileiros para o projeto de reconstrução libanês. O país oferece uma série de vantagens, como isenção fiscal, para atrair investimentos. Entre outras vantagens, os assessores da embaixada destacam a possibilidade de repatriação de capitais, permitida no Líbano desde 1948. Outro fator que seria positivo: o sistema bancário admite a aberturas de contas numeradas. O país tem a chamada Zona Livre Bancária, que isenta as contas em dinheiro estrangeiro do pagamento de taxas do governo. Na tentativa de se consolidar como importante mercado emergente, o governo libanês vende a imagem de uma terra livre da possibilidade de novos conflitos. É uma campanha na linha "adeus às armas", com a missão de passar confiança aos investidores estrangeiros. (XS) Texto Anterior: País censura o que vem de Israel Próximo Texto: País sintetiza conflitos do Oriente Médio Índice |
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