São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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Exportando ações; Sinal de alerta; Sem volta; Referência local; Preço taxado; Empurrãozinho; Cúmulo tributário; Para os otimistas; Nuvens negras; Com a barriga; Vendas de rei; Custo da Vale; Como dois e dois; Roendo as unhas; Crise democrática; Questão de dose; Privações desiguais; Enxugando; Haja caneta; Sem nota

Exportando ações
Até agora, 20 empresas emitiram ações neste ano. Nove, incluindo todas as de varejo, lançaram os papéis também no exterior. Os estrangeiros compraram mais.

Sinal de alerta
Para o ministro Antonio Kandir, a migração das emissões para o exterior é coisa delicada. "No limite, significa uma propensão a um crescimento menor do país."

Sem volta
A tendência de maior participação externa "é irreversível", diz Roge Agnelli, do Bradesco. Os estrangeiros avaliam o valor do negócio mais adequadamente e, no Brasil, as Bolsas continuam concentradas nas ações de estatais.

Referência local
Agnelli lembra que, embora a maior parte da venda de ações tenha sido feita no exterior, é o mercado local que serve de parâmetro para a fixação de preço.

Preço taxado
A CPMF afeta a formação de preço das ações ao tornar caríssimas as negociações. Alíquota de 0,20% para inflação anual de um dígito.

Empurrãozinho
O vice-presidente da Bovespa, Raymundo Magliano, diz que, hoje, 36% das ações de Telebrás são negociadas em Nova York. Com CPMF, chegaria fácil aos 70%.

Cúmulo tributário
Na definição do ex-presidente do Banco Central Ibrahim Eris, a CPMF "é o imposto errado na hora errada".

Para os otimistas
Os analistas do mercado viram um aspecto positivo na CPMF: estimula a emissão de debêntures. Nenhuma boa empresa vai querer depender de financiamento de curto prazo e mais caro, porque mais taxado.

Nuvens negras
Consultorias já cravaram: sobe o risco bancário no primeiro trimestre de 97. A inadimplência explica.

Com a barriga
O mercado aposta que o governo levará em banho-maria os fundos de recebíveis (títulos de créditos das empresas). Eles são vistos como aceleradores da atividade.

Vendas de rei
Os pedidos das livrarias já esgotaram a primeira edição do livro "Virgin King", biografia do polêmico Richard Branson.

Custo da Vale
Nos cálculos da equipe econômica, a Vale custa aos brasileiros R$ 430 milhões por ano.

Como dois e dois
Os cálculos: avaliada em R$ 5 bilhões, a Vale rende R$ 70 milhões por ano. Uma aplicação pagaria, no mínimo, 10% (R$ 500 milhões).

Roendo as unhas
As vendas estão 8% maiores que as realizadas no Natal de 95. Para chegar ao que os empresários projetam, precisam subir para 15%. Há dois meses, a estimativa era de um Natal 40% maior.

Crise democrática
Se as projeções da indústria e comércio se frustrarem, o primeiro trimestre será de liquidações e de férias coletivas.

Questão de dose
"O temor da inadimplência se avoluma e provoca retração de consumo que, se não for grande demais, é até positiva, pois espanta o fantasma de freio monetário em 97", diz Horácio Piva, da Fiesp.

Privações desiguais
Piva espera sacrifícios no primeiro trimestre de 97: do consumidor, que vai se conter mas compras; do comércio e indústria, com estoques maiores; e do governo, que abandona idéias recessivas.

Enxugando
O Brasil é responsável por quase 40% das vendas da destilaria Willian Grant & Sons na América Latina em 96, de 1 milhão de caixas.

Haja caneta
Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e candidato à reeleição, passou a semana assinando cartões de Natal. Manda 75 mil à sua base.

Sem nota
As vendas de CDs e fitas piratas na América Latina somaram US$ 300 milhões em 95, contra US$ 2 bilhões de vendas legais, diz a federação da indústria fonográfica.

E-mail:±painelsa@uol.com.br

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