São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996 |
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"Desexp(l)os(ign)ição"
MARCELO REZENDE
Todo o projeto começa com uma evocação: lembrar o que aconteceu em dezembro de 1956, na Exposição Nacional de Arte Concreta, o marco inicial do movimento. Mas a mostra montada na Casa das Rosas, como exemplifica Haroldo de Campos, procurará, além da evocação, indicar ao visitante de que forma os conceitos do concretismo foram incorporados às artes. "O concretismo não é um movimento morto", diz José Roberto Aguilar, diretor da Casa das Rosas. Para provar sua tese, convidou artistas para "transcriarem" os versos de seus principais poetas. No andar térreo do prédio, três salas unirão artes plásticas e poesia: Augusto de Campos por ZeNetto (e música de Cid Campos), Haroldo de Campos por Marco Giannotti, e Décio Pignatari por ele mesmo. Outro dos novos será o músico e poeta Arnaldo Antunes, que fará uma intervenção na escadaria que liga o térreo ao primeiro andar; este será ocupado por obras da década de 50 de artistas que participaram da primeira exposição. O visitante encontrará trabalhos de Geraldo de Barros, Lygia Clark, Hermelindo Fiaminghi, Lygia Pape e Amílcar de Castro, entre outros. "Desexp(l)os(ign)ição" contará ainda com uma sala especial dedicada a Waldemar Cordeiro e um parangolé de 20 metros para lembrar Hélio Oiticica. Por fim, vários artistas criarão, utilizando a iluminação do Edifício Parque Cutural, nos jardins da Casa das Rosas, "obras com a luz". Evento: "Desexp(l)os(ign)ição" Onde: Casa das Rosas (av. Paulista, 37, São Paulo, tel. 011/288-9447) Quando: de 12 de dezembro a 2 de fevereiro Quanto: entrada gratuita Texto Anterior: A poesia sem trégua Próximo Texto: Apaixonados e furiosos Índice |
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