São Paulo, domingo, 8 de dezembro de 1996
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Brasileiro repeliu invasão em 1949

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Trujillo era oportunista e logo se tornou um anticomunista feroz no imediato pós-guerra para obter apoio americano.
Era o começo da Guerra Fria, e os EUA apoiavam sem restrições ditadores com impecáveis credenciais anticomunistas.
A ameaça ao ditador era variada. Além da esquerda, ele tinha inimigos entre políticos de direita de seu próprio país e também antagonizava dirigentes de países vizinhos.
Os exilados dominicanos organizaram a chamada Legião do Caribe. Foi da Guatemala que os exilados montaram uma pequena invasão em 18 de junho de 1949.
"Seis aviões deixaram a Guatemala, mas quatro foram forçados a pousar no México por causa do mau tempo. Um PBY-5A chegou a pousar ao largo de Puerto Plata, onde foi atacado pela Força Aérea Dominicana", diz o historiador britânico Victor Flintham.
Antes desse ataque, como se sabe agora, Guimarães já tinha entrado em ação com um caça P-51 Mustang contra o PBY-5A Catalina.
Guimarães tinha sido enviado para investigar a presença de algum intruso ao longo da costa.
Após fazer um sobrevôo de reconhecimento, ele foi atacado por um hidroavião. O brasileiro fez um círculo apertado e voltou para uma nova passagem sobre o intruso. Voltou disparando.
Os dominicanos completaram o serviço iniciado pelo brasileiro, que soube depois que alguns rebeldes foram capturados, entre os quais mercenários americanos e cubanos. Guimarães pediu a um general dominicano que seu papel no incidente fosse ocultado.
(RBN)

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