São Paulo, segunda-feira, 9 de dezembro de 1996
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'Dona Anja' estréia hoje no SBT falando sobre sexo

Novela vai ao ar às 22h05 e retrata o Brasil nos anos 70

MARIANA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

"Dona Anja" estréia hoje, às 22h05, no SBT. A nova trama do SBT tem como pano de fundo a ditadura militar brasileira, a aprovação da lei do divórcio e o funcionamento de um bordel na pequena cidade de Rosário, no interior do Rio Grande do Sul, entre os anos 1970 e 1977.
A novela, dirigida por Roberto Talma, foi adaptada da obra homônima do escritor Josué Guimarães por Talma e Yoya Wursh. É a segunda produção da Fábrica de TV, de Talma e José Paulo Vallone, para o SBT. A primeira foi "Colégio Brasil", exibida entre maio e setembro.
As primeiras cenas de "Dona Anja" foram gravadas na Estância da Figueira, em Camaquã, no Rio Grande do Sul. A fazenda já foi cenário da minissérie "O Tempo e o Vento", exibida pela Rede Globo em 1985.
A nova produção da emissora descreve o cotidiano da cidade gaúcha com a chegada de Dona Anja (Lucélia Santos), a noiva do coronel Quineu (Jonas Mello). Anja é uma mulher com imenso apetite sexual.
Para melhor satisfazer a mulher, o coronel instala em sua casa uma mesa de bilhar e chama os rapazes da cidade para jogarem em sua casa e o ajudarem no "dever conjugal" com Anja. O coronel morre em uma de suas tentativas.
Dona Anja herda seu casarão e o transforma em um bordel para poder ganhar dinheiro, frequentado por todos os homens da cidade, como Francisco Salena (Luiz Guilherme) -prefeito representante da Arena- e Pedrinho Macedo (Giuseppe Oristâneo) -vereador do MDB. É na Casa de Anja que os políticos da cidade acompanham a aprovação da lei do divórcio.
Com a perda do marido, Anja cai em depressão e engorda. Talma pretende usar efeitos de computação gráfica e uma dublê de corpo para mostrar a atriz gorda.
O elenco traz também Angelina Muniz, Manuela Dias, Sérgio Mamberti, Jandir Ferrarri, Vera Zimmermann e Danton Melo.
A novela vai brigar pela audiência do horário com "Xica da Silva", trama exibida pela Manchete. A pretensão do diretor é atingir dez pontos de audiência (cerca de 800 mil telespectadores na Grande SP). "Se der menos é ruim", diz Talma.

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