São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996 |
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Covas deve aceitar proposta do PMDB
IGOR GIELOW
O Banespa federal é parte do acordo acertado entre o governador Mário Covas (PSDB) e o Ministério da Fazenda para rolar a dívida estadual de São Paulo. Para ser aprovado, precisa da chancela da Assembléia Legislativa, por envolver a venda de ativos do Estado, e do Senado, por envolver emissão de títulos públicos. O PMDB, cuja maioria dos 15 deputados abandonou a oposição após Covas ter dado a Secretaria da Habitação para o peemedebista Dimas Ramalho, apresentou emendas pedindo a prioridade de recompra para marcar posição de defesa do banco frente à sua base no interior. Comissões Depois de uma semana de negociações, os deputados estaduais vão levar o projeto de lei que federaliza o Banespa a discussão hoje. Será convocado, para tanto, um congresso de comissões -artifício pelo qual, em vez de analisar o projeto separadamente em diversas comissões parlamentares (como Constituição e Justiça, por exemplo), os deputados se reúnem para uma análise global. "Com isso, devemos ter na quarta-feira uma nova sessão na Assembléia para acatar eventuais novas emendas ao projeto", disse o presidente da Casa, o tucano Ricardo Trípoli. Como o Orçamento do Estado começa também a ser discutido amanhã, com previsão de ser votado até sexta-feira, a avaliação corrente entre deputados é que o projeto do Banespa fique pronto até a quinta-feira, mas que só vá a plenário na semana que vem. Para isso, Covas terá que convocar uma sessão extraordinária -o ano legislativo acaba nesta sexta-feira. E desembolsar cerca de R$ 560 mil, já que todos os 94 deputados ganham um salário a mais por trabalhar durante o recesso. A aprovação, de qualquer forma, está praticamente garantida. Cerca de 70 dos 94 deputados deverão votar pelo projeto. Texto Anterior: Deputado contesta números da Vale Próximo Texto: Só com CPI Índice |
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