São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Edital pode excluir cidade de até 50 mil habitantes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma proposta de alteração nos editais da telefonia celular (banda B), sob estudo no Ministério das Comunicações, pode tirar das cidades com menos de 50 mil habitantes o direito de ter telefonia móvel celular.
A minuta de edital estabeleceu que as cidades de até 20 mil habitantes deveriam estar contempladas nos projetos dos grupos interessados.
O número foi considerado pequeno e acabou merecendo reparo dos candidatos, que acharam conveniente mudar o número mínimo de habitantes das cidades a ser atendidas para 50 mil.
É um crescimento de 150% em relação à proposta original do ministério, prevista na minuta dos editais. Se for aceita, pode ser considerada uma vitória do consórcio AT&T/Globo/Bradesco.
Foi esse consórcio que, durante a realização de audiência pública sobre os editais de licitação, na última quinta-feira, levantou a questão e propôs a elevação.
Mesmo antes, no período de 15 dias concedidos aos grupos privados para emitir sugestões e comentários à minuta de edital (divulgada no início de novembro), a AT&T (American Telephone & Telegraph) já se manifestara contrária ao atendimento de cidades tão pequenas.
Nas sugestões feitas à minuta, em documento escrito encaminhado ao Ministério das Comunicações, a AT&T sugeriu que o número fosse elevado para 30 mil. Agora, a nova proposta é de 50 mil, o que pode deixar várias cidades do interior sem telefonia celular.
A banda B será destinada aos investidores privados, para concorrer com as estatais do sistema Telebrás, que atuam na banda A.

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