São Paulo, terça-feira, 10 de dezembro de 1996
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Farc rejeitam libertar soldados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia disse que não vai libertar os 60 soldados que mantém como reféns se não for ampliada a área que o governo do país desmilitarizou.
A retirada de todos os soldados de uma área no sul do país era uma das exigências da guerrilha esquerdista para a libertação.
O governo colombiano cumpriu parte do pedido, ordenando a desmilitarização entre as cidades de Cartagena del Chaurá e Montañita de 6 a 16 de dezembro.
Mas, para entregar os soldados, tomados há mais de três meses, a guerrilha exige a desmilitarização também da área de Remolinos de Caguán. Seria uma área adicional de 11 mil km2. A área desmilitarizada tem 14 mil km2.
"Dá tristeza anunciar isso, mas a entrega dos soldados não é iminente", disse o ministro do Interior da Colômbia, Horacio Serpa.
As Farc também insistem que seja estendido o período em que a região do sul do país vai ficar sem a ação de soldados.
Os esquerdistas afirmaram que querem mais dias de desmilitarização, mas não indicaram quantos seriam necessários.
A guerrilha colombiana exige a desmilitarização como garantia de segurança para a entrega dos soldados sequestrados.
Esses militares foram presos pelas Farc depois de um ataque da guerrilha contra a base de Las Delicias, no último dia 30 de agosto. Na ofensiva, 27 militares morreram, e mais de 20 ficaram feridos.

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