São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 1996
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Associações criticam mudanças

DA REPORTAGEM LOCAL

As mudanças na medida provisória das mensalidades aprovadas pela comissão de educação do Congresso são criticadas por associações de pais e de alunos.
Para Hebe Tolosa, 47, da Associação de Pais e Alunos das Escolas do Estado de São Paulo, a mudança é "um retrocesso enorme".
"É difícil acreditar que o projeto tenha saído de uma comissão de educação. São deputados donos de escolas particulares", afirma.
Ela diz esperar que as mudanças não sejam aprovadas. "Se o texto for aprovado, vamos ao Supremo Tribunal Federal para mostrar as suas irregularidades. Colocaram no projeto coisas que já haviam sido consideradas inconstitucionais pelo Supremo", diz.
Segundo ela, a associação pretende divulgar os nomes dos congressistas responsáveis pelo novo texto da MP.
Tolosa disse ainda considerar que, mesmo aprovada, a nova MP só entraria em vigor a partir de 98. "As matrículas para o próximo ano já foram feitas", afirma.
A Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) pretende fazer um protesto contra a aprovação, pedindo a todos os estudantes que enviem telegramas aos deputados com manifestações contrárias à nova MP.
Para o presidente da Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), a MP "encara a educação do ponto de vista meramente financeiro". "O lobby das escolas particulares é muito forte no Congresso", diz.

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