São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Inocêncio pode relançar sua candidatura

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), poderá relançar sua candidatura à presidência da Casa em resposta à candidatura de Iris Rezende (PMDB-GO) no Senado.
"Está próxima uma decisão, provavelmente em janeiro", disse Inocêncio. O assunto foi tratado na reunião da Executiva Nacional do PFL, pela manhã. O presidente nacional do partido, José Jorge (PE), defendeu a candidatura.
"Acho que, se o PMDB lançou candidato no Senado, o PFL deve disputar nas duas Casas. Somos os dois maiores partidos. Neste ano, um tem uma Casa, e o outro tem a outra", disse.
José Jorge afirmou, porém, que a decisão não cabe à Executiva e sim à bancada na Câmara. Na sua opinião, o melhor candidato no partido seria Inocêncio: "É o que tem melhores condições".
Inocêncio disse, na reunião, que esse não seria mais o seu projeto: "Estou com os meus neurônios conectados para ser líder. Esse é o meu projeto político para 97".
Mas, depois, acrescentou: "Sou soldado do partido. Aceito qualquer desafio. Só quero que a minha candidatura seja lançada com o apoio unânime do partido".
Inocêncio havia desistido de concorrer atendendo a apelos do governo e do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). FHC temia pela divisão da sua base no momento de ser votada a reeleição. Luís Eduardo argumentou que o PFL precisa manter acordo com o PMDB, pelo qual o PFL apoiaria um peemedebista na Câmara em 97.
Ontem, ACM disse que Rezende não terá os 11 votos dos partidos de oposição como seus aliados têm dito. "Se ele pensa que tem o apoio da maioria da esquerda, eu digo que ele está enganado." "Isso é onda, é terrorismo", disse Rezende, sobre a fala de ACM.

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