São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Pitta promete plano antienchente para 97

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Estado dos Recursos Hídricos, Hugo Marques da Rosa, e o prefeito eleito, Celso Pitta, tiveram um encontro na noite da última terça-feira para discutir a questão das enchentes.
Eles decidiram implementar o "Plano de Macrodrenagem" no próximo ano, projeto que está engavetado desde abril.
A idéia é reter a água das chuvas no local de origem, impedindo que chegue rapidamente aos principais rios da cidade, evitando pontos crônicos de inundação. Isso seria feito, entre outras coisas, com a construção de tanques de retenção de água em alguns pontos.
Pelo projeto discutido esta semana, a prefeitura se propõe a financiar os estudos técnicos para o projeto -a um custo de aproximadamente R$ 8 milhões.
O governo Covas dividirá a conta das obras com a prefeitura. Segundo técnicos da administração estadual, ainda não há estimativa da verba necessária para o projeto.
Desassoreamento
O governo do Estado ainda não confirmou se fará o desassoreamento emergencial do rio Tietê durante este verão.
A intenção é retirar, pelo menos, 100 mil m³ de areia e sedimentos na região da foz do Tamanduateí, perto da Ponte da Casa Verde (zona norte) e cerca de 250 mil m³ da barragem da Penha, perto do parque Ecológico Tietê (zona leste).
Desse modo, o governo estaria minimizando os transbordamentos na marginal Tietê.
"Mas ainda estamos finalizando os procedimentos burocráticos para iniciar o desassoreamento", diz o diretor de obras do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica), Ottilano Monesi, 37.
Para 97, o governo vai implantar um projeto que prevê a venda para a construção civil da areia retirada da calha do Tietê, o que deve diminuir os custos da operação.
A assessoria de imprensa da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) informou que a prefeitura gastou R$ 1,072 bilhão em obras contra enchentes nos quatro anos da administração Maluf.
Foram canalizados 66 km de córregos na segunda fase do programa Procav, que prevê o deslocamento dos moradores que habitam essas áreas ribeirinhas para conjuntos habitacionais.
(FS)

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